terça-feira, 15 de maio de 2007

13 de maio PUC-SP

Hoje foi um dia bem interessante na PUC-SP. Eu sou fã de Alaíde Costa desde muito tempo. Fiquei sabendo que ela faria um show no Tucarena e levei o seu CD para um autógrafo. Super simpática e atenciosa fez uma linda dedicatória com meu nome. Parece besta, mas quem é tiete sabe muito bem o que estou falando.

Porém antes dela tivemos uma "palestra" ou "debate", não sei bem, pois não estava lá (cheguei atrasado) com Mathilde Ribeiro, Ministra da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial. Deve ter sido muito legal pela quantidade de pessoas que vi lá. Os mais "tietes" estavam até com máquinas fotográficas registrando o encontro. Um momento alegre.

Quando estamos perto de pessoas, iluminadas ou não,há a troca de energias, por isso faço questão de estar próximo as mais legais. Eu não me contive e fui até ela. Uma pergunta veio em minha mente:

- O que vc acha do negro brasileiro na mídia e como vê a postura do Sr. Neto de Paula (Netinho): atitudes, seu canal (falido) de TV e seus projetos?

Veja só como um mito é rapidamente destruido. Resposta da Ministra:

- Ele é um ser humano e está sujeito a todas as crises que seres normais passam. E ele e eu somos "brothers" e temos muitas coisas encaminhadas por ai.

Pode ser que minha expectativa, como negro sofrido e tudo mais, tivesse sido muito alta, mas uma mulher como ela apoiar atitudes grosseiras e infundadas de "crises" momentâneas perante a mídia de um camarada que teve a faca e queijo na mão foi para mim um grande fiasco.
Caso eu tivesse tempo para rebater essa resposta perguntaria a ela se já viu um filme, de Spike Lee, chamado Faça a Coisa Certa. Este filme questiona justamente a postura do negro diante do recismo. É certo gritar e perder a linha ou há outras formas de rebater e construir um futuro melhor?

Pode ser que isso tudo seja um reflexo de um mundo fragmentado que vivemos hoje. Todos estão certos, a sua maneira, e sozinhos. Negros ou brancos inclusive.

Uma pena.

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